Tive a conta bloqueada judicialmente. E agora?
- Cláudio Henrique
- 10 de jun.
- 3 min de leitura

Descobrir que a conta bancária foi bloqueada judicialmente costuma ser um choque.
De uma hora para outra, o acesso ao dinheiro some, os pagamentos do dia a dia ficam comprometidos, e a sensação de estar no controle desaparece. É um cenário que gera angústia, especialmente para quem não entende exatamente o que está acontecendo nem por onde começar a resolver.
Esse tipo de bloqueio ocorre quando há uma ordem da Justiça determinando que os valores depositados em conta fiquem indisponíveis — ou seja, congelados. Normalmente, isso acontece em processos que envolvem dívidas não pagas, pensões alimentícias em atraso, ações trabalhistas ou cobranças fiscais.
Embora pareça uma medida extrema, o bloqueio é legal e faz parte dos instrumentos usados para garantir o pagamento de dívidas reconhecidas judicialmente. O problema é que, na prática, o impacto é imediato e, muitas vezes, o consumidor só descobre a situação quando tenta usar o dinheiro e não consegue.
Mas calma! Ao perceber que sua conta foi bloqueada, o mais importante é não entrar em desespero. É natural sentir-se confuso, mas agir rápido e com orientação é o que realmente faz a diferença.
O primeiro passo é tentar identificar o motivo do bloqueio. Isso pode aparecer no extrato bancário, com a sigla “Sisbajud”, ou vir por meio de uma notificação formal. Quando a informação não está clara, o ideal é buscar auxílio direto no fórum da cidade onde você mora ou consultar um advogado para levantar os dados do processo.
Com a origem do problema identificada, o próximo passo é reunir os documentos necessários. Extratos, comprovantes de renda, contratos ou qualquer outra informação relacionada ao valor bloqueado podem ajudar bastante na análise do caso.
Essa documentação vai permitir que um advogado especializado entenda a situação, verifique se é possível liberar os valores de sua conta e defina a melhor forma de ajudar.
Mas como esse dinheiro pode ser liberado? Você não disse que isso era legal? — Talvez você esteja se perguntando.
É importante saber que nem todo dinheiro pode ser bloqueado. A legislação brasileira, na verdade, protege certos tipos de valores, como salários, aposentadorias, pensões, benefícios sociais, recursos destinados à subsistência familiar, valores em conta poupança, etc. Se o valor travado na sua conta pertence a alguma dessas categorias, há boas chances de se conseguir o desbloqueio na justiça.
Mas atenção: existe um prazo legal para que o devedor se manifeste após o bloqueio. Normalmente, esse prazo é de cinco dias úteis a partir da notificação judicial. É durante esse período que o juiz aguarda a sua justificativa ou os documentos que comprovem, por exemplo, que os valores bloqueados são protegidos por lei.
Por isso, é fundamental não deixar para depois! Quanto mais rápido você reunir as informações e buscar ajuda, maiores são as chances de resolver a situação com tranquilidade.
Agora, mais importante do que saber como reagir ao bloqueio é entender como evitar que ele aconteça no futuro. Manter as finanças organizadas, acompanhar vencimentos, negociar dívidas antes que virem processos e guardar uma reserva de emergência são atitudes que fazem muita diferença. Em tempos de incerteza, prevenção é sempre o melhor caminho.
Passar por um bloqueio judicial é, sem dúvida, um momento difícil. Mas isso não significa que tudo está perdido! — Com calma, informação e a orientação certa, é possível resolver a situação, retomar o acesso aos recursos e seguir em frente com mais segurança.
Se você está enfrentando esse tipo de problema, não hesite em procurar ajuda. Quanto antes agir, maiores são as chances de recuperar o controle — financeiro e emocional.




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